sábado, 20 de setembro de 2008

Here I am,one of us

Só para dizer que te amo, que estou morta de saudades, que mataria um para estar do seu lado hoje. Se eu estivesse aí hoje, ah, se eu estivesse aí hoje, faria tudo. Tudo. Tudo. Inclusive aquilo que você pede todo dia e eu só faço a cada quinzena.
Campeonato, I´m in.
Augusta, como poderia recusar? É sempre aquela coisa: você bebe pinga, eu absolut vanilla. Você dança, e aí só tem duas alternativas: ou o mundo pára, atônito, ou ele tenta acompanhar seu ritmo. Eu tento, seu braço me leva, meus olhos te seguem, você me roda, eu perco o chão, não perco a piada. Lá pelas tantas a absolut me deixa sóbria e percebo o quanto. O quanto tanto verbo que nem sei dizer qual. O quanto te amo, te adoro, te preciso. Não sei dizer agora. I am high of amytril, não de vodka, e você sabe, o amytril não me impede de morrer de tédio. Estivesse aqui a vodka, o tédio sumiria, o texto apareceria, eu dançaria, e se eu não achasse o ritmo entre um e passo e outro, pelo menos acharia o verbo. O ritmo talvez eu encontrasse na mesma Augusta, mas só depois da balada, quando você resolve que dançar na pista não dá nada e bota a gente prá dançar na calçada. Dois perdidos se achando numa noite suja.
Voltei de um restaurante agora. Tinha no cardápio um risoto de gorgonzola com redução de vinto tinto. Era você num prato. Mas não deu pra pedir, e eu vou dormir sem a única coisa que eu precisava: você transpondo a fronteira e voltando a fazer parte do meu mundo interno. O que tenho agora, no fim dessa noite que terminará cedo demais, é um teclado cuja tecla de espaço não funciona. E no fundo esse texto é sobre isso: espaço. Esse hiato que surge entre o suspiro e o gemido. Que seja breve para diminuir a espera, que seja longo para aumentar a vontade.

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